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Goiás: 327 mulheres foram vítimas de feminicídio em 9 anos, aponta levantamento

Centro-Oeste apresenta a taxa mais elevada de feminicídios nos dois últimos anos

Goiás: 327 mulheres foram vítimas de feminicídio em 9 anos Centro-Oeste apresenta a taxa mais elevada de feminicídios nos dois últimos anos
(Foto: Reprodução)

O Estado de Goiás registrou, desde 2016, 327 casos de feminicídio, aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo revelou que os casos têm aumentado a cada ano: em 2016 foram 17 feminicídios; em 2017 foram 23; em 2018 Goiás registrou 36 casos; em 2019 foram 41 casos; em 2020 44 feminicídios; Goiás registrou 54 casos em 2021; já em 2022 e 2023, foram 56 casos em cada ano. No Brasil, 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio desde março de 2015.

O Centro-Oeste se destaca ainda por apresentar a taxa mais elevada de feminicídios nos dois últimos anos, chegando a 2 mortes por 100 mil habitantes, 43% superior à média nacional. A segunda região mais violenta para as mulheres foi o Norte, com taxa de 1,6, seguido do Sul, com 1,5. As regiões Sudeste e Nordeste registraram taxas de 1,2 e 1,4 por 100 mil.

Todos esses números, segundo a entidade, seriam maiores não fosse a subnotificação de casos nos primeiros anos de vigência da legislação. Os dados utilizados no levantamento têm como fontes os boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civis de cada estado.

Segundo o Fórum, no ano de 2023 o total de 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, maior número já registrado desde a tipificação da lei. Isso representa uma taxa de 1,4 mulher morta para cada grupo de 100 mil habitantes. No ano anterior, tinham sido 1.440 casos, com a mesma taxa de 1,4 mortes para cada 100 mil habitantes.

As menores taxas de feminicídio foram registradas nos estados do Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil). Apesar do resultado positivo no Ceará, o Fórum faz uma ressalva: desde a tipificação da lei, a Polícia Civil cearense tem reconhecido um número muito baixo de feminicídios quando comparado ao total de mulheres assassinadas, sinal de que há subnotificação.

*Com informações da FolhaPress