Crítica: ZONA DE COMBATE | Netflix

Estreou na Netflix este “Zona de Combate” com Anthony Mackie (o Falcão da Marvel). O longa se passa em um futuro não muito distante e acompanha um piloto de drone (Damson Idris) que após uma insubordinação é enviado para uma zona militarizada mortal onde começa a trabalhar para um oficial android. A missão é impedir que um dispositivo do “juízo final” caia nas mãos de terroristas insurgentes que desejam dominar o mundo.

Em meio a uma história pra lá de previsível e reutilizada em milhares de outros filmes sob encomenda, “Zona de Combate” até poderia ser um passatempo divertido. Por exemplo: ano passado a Netflix lançou um filmaço de ação chamado “Resgate” que reutiliza uma história também nada original, mas o faz com tanta imaginação e ousadia ao construir cenas épicas e memoráveis de ação, que o clichê fica melhor e o resultado da receita é um filme que não esquecemos (pelo menos a ação).

Já aqui, não temos boas cenas de ação nem outro diferencial que faça a previsibilidade do roteiro se sustentar. O diretor Mikael Hafstrom até dirigiu dois longas que gosto: um deles é o suspense “O Ritual”, com Anthony Hopkins, e o outro é “Rota de Fuga”, com Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger (um filme de fuga decente que até surpreende). Mas Hafstrom é um diretor daqueles contratados para satisfazer as exigências dos produtores. Ao menos até agora não mostrou um toque especial e destacável em nenhum trabalho de sua carreira.

Com um roteiro arrastado cheio de lições moralistas típicas de filmes futuristas que envolvem máquinas, cenas de ação comuns e desinteressantes, e um personagem androide protagonista que em nenhum momento o seu diferencial tem muita relevância para o todo da história, “Zona de Combate” é um desses longas de ação descartáveis que nem como diversão boba faz muita diferença.

Outside the Wire/EUA – 2021

Dirigido por: Mikael Hafstrom

Com: Anthony Mackie, Damson Idris, Emily Beecham…

Sinopse: Num futuro definido, um piloto de drone é enviado a uma zona militarizada mortal onde ele se encontra trabalhando para um oficial android, encarregado de localizar um dispositivo do “juízo final”, antes que ele caia nas mãos dos insurgentes.