Cinema

Crítica: Espiral – O Legado de Jogos Mortais

“Espiral” poderia muito bem se chamar “Jogos Mortais” com algum subtítulo qualquer, já que o longa é…

(Foto: Reprodução/Lionsgate)

“Espiral” poderia muito bem se chamar “Jogos Mortais” com algum subtítulo qualquer, já que o longa é cheio de repetições e ideias ancoradas no mesmo universo. Temos Chris Rock Samuel L. Jackson que trazem evidência para um elenco que nos filmes anteriores nunca teve atores conhecidos, e por mais que a história até tente seguir caminhos distintos com momentos mais investigativos, ao fim “Espiral” nunca sai da sombra da franquia iniciada em 2004.

Rock interpreta Zeke Banks, policial que está sendo alvo de recriminação dos colegas após ter relatado o comportamento de um policial corrupto. Certo tempo depois, vários policiais deste distrito começam a morrer de forma violenta, e acredita-se que o sujeito seja um copiador de Jigsaw (essa trama até já foi feita no filme anterior chamado “Jogos Mortais – Jigsaw”). Mas assim que as investigações avançam, Zeke vai perceber que as vítimas são pessoas próximas e relacionadas a ele.

O primeiro “Jogos Mortais” é excelente e nos entrega uma experiência repleta de angústia e sadismo, e com um final surpreendente. O segundo também vale a pena pois mantém coerência e continuidade com o longa anterior. Mas do terceiro filme em diante tudo se torna mais do mesmo, e apenas meras justificativas para cenas de violência gráfica e sanguinolência.

Em “Espiral”, a ideia vendida foi a de um filme que iria trazer um conceito novo para a franquia, mas como já dito, a obra em nenhum momento se desprende de “Jogos Mortais” e opta por caminhos comuns e repetitivos que já não causam mais impacto. O retorno do diretor Darren Lynn Bousman à franquia é outra confirmação da falta de desejo do filme em andar com as próprias pernas, já que Bousman também dirigiu “Jogos Mortais 2, 3 e 4”.

E se você gosta do gênero e assiste com frequência filmes investigativos, logo vai entender o mistério e descobrir quem é o assassino. O enredo segue uma fórmula tão previsível que na sequência como apresenta os assassinatos entrega de bandeja o culpado para o público. Só prestar atenção.

Em exibição nos cinemas, “Espiral – O Legado de Jogos Mortais” é outro exemplar fraco, esquecível e descartável de uma franquia que nem divertir sadicamente consegue mais.

Spiral – From The Book of Saw/EUA – 2021

Dirigido: Darren Lynn Bousman

Com: Chris Rock, Samuel L. Jackson, Max Minghella…

Sinopse: Em Espiral – O Legado de Jogos Mortais, o detetive Ezekiel “Zeke” Banks (Chris Rock) se une ao seu parceiro novato Willem (Max Minghella) para desvendar uma série de assassinatos terríveis que estão acontecendo na cidade. Durante as investigações, Zeke acaba se envolvendo no mórbido jogo do assassino. Ele percebe que o serial killer é um imitador determinado a seguir os passos do assassino Jigsaw (Tobin Bell).

Espiral – O Legado de Jogos Mortais ganha pôster e nova data de estreia no  Brasil - NerdBunker