Intimidação?

No twitter, Bolsonaro manda recado a governadores que não acatarem seu decreto

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou sua conta no Twitter, no início da tarde…

Contra discurso de Bolsonaro, Federação Goiana de Municípios apoia Caiado
Contra discurso de Bolsonaro, Federação Goiana de Municípios apoia Caiado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou sua conta no Twitter, no início da tarde desta terça-feira (12), para criticar os governadores que não cumprirão o Decreto presidencial nº 10.344/2020. O texto do documento inclui os salões de beleza, barbearias e academias entre as atividades essenciais que não devem ser fechadas durante a epidemia do coronavírus no país.

Na publicação, Bolsonaro escreveu que os governadores que não concordarem com o decreto podem entrar com ações na Justiça ou entrar com Projeto de Decreto Legislativo. O presidente diz ainda que quem é contrário ao documento afronta o estado democrático de direito. “O afrontar o Estado democrático de direito é o pior caminho, aflora o indesejável autoritarismo no Brasil.”

Sem citar o aumento considerável dos números de infectados e mortos no país, que já chega quase aos 12 mil, Bolsonaro disse ainda que a intenção de seu decreto é atender os brasileiros que desejam voltar ao trabalho, “levar saúde e renda à população”, finaliza.

(Foto: Reprodução/Twitter Jair Bolsonaro)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), é um dos governadores que vai na contramão do presidente. Caiado vai voltar a endurecer o isolamento social nesta semana após o aumento de casos no Estado. O isolamento social em Goiás é, atualmente, um dos piores do Brasil. No novo decreto estadual, apenas setores da saúde e da alimentação terão autorização para funcionar nas cidades mais atingidas pela doença, a exemplo de Goiânia.

As novas medidas de combate ao coronavírus adotadas pelo governo estadual serão publicadas no Diário Oficial ainda hoje (terça) ou, no mais tardar, na manhã desta quarta-feira. Caiado afirmou em entrevista mais cedo que apenas as áreas essenciais, saúde e alimentação, serão liberadas.

Como já informou o MG, não valerá, em Goiás, o ato do presidente Jair Bolsonaro que classificou como atividades essenciais os serviços de barbearia, academias e salões de beleza.