Política

Marconi e Íris chocam um cisne negro

O que era um burburinho virou uma bomba. Íris Rezende admitiu a volta ao processo…

O que era um burburinho virou uma bomba. Íris Rezende admitiu a volta ao processo eleitoral em Goiânia. O que sai totalmente do roteiro é o apoio oferecido pelo governador Marconi Perillo para a empreitada. Ainda faltam detalhes para a formação da chapa, mas esse é o objetivo: Íris Rezende prefeito e um nome da base aliada do governador como vice.

A coisa mais certa é o fracasso dos dois maiores partidos em suas articulações na capital. Sem Íris, o PMDB ficou a pé, perdido, presa fácil. Já a base marconista fracassou novamente na construção de uma chapa própria. Com isso, Waldir Soares (PR) e Vanderlan Cardoso (PSB) haviam tomado conta do processo. Na véspera do prazo final das convenções, a revelação da articulação que produz um novo quadro.

Marconi já comunicou a aliados a intenção. Íris já admitiu publicamente a volta e a aliança.

As conversas tem como ponto de convergência um grupo ligado ao ex-prefeito Nion Albernaz. O que cada um tiraria de vantagem? Marconi tenta se livrar da pecha de perdedor na capital, se unindo a um nome forte, apontado como muitos por imbatível. Marconi tenta ainda evitar uma vitória de Waldir, que seria mais retumbante para ele, considerando que o delegado saiu do PSDB e foi presença marcante do segundo turno em 2014, na eleição estadual.

Íris vê outras vantagens no acordo. Primeiro, se vê fortalecido para 2018. Se o acordo vingar, Íris sonha com o apoio de Marconi e se livro do principal adversário na eleição estadual. Não se importa, neste caso, de entregar a prefeitura aos tucanos. Haveria uma avaliação que foi desastrosa a aliança com o PT. Íris se lvraria ainda do compromisso com Ronaldo Caiado para 2018.

Aliás, Waldir e Caiado são adversários que aparecem como maiores derrotados, caso se consolide a aliança.

Unir PSDB e PMDB em Goiás é como o cisne negro. Algo incomum, raro, impensável. Causa calafrio, indignação, surpresa e revolta em muitos, de lado a lado. Mas esta é a conversa que está entabulada. Conversa imaginada por alguns há algum tempo, mas que foi colocada em prática nos últimos três dias.

Se der certo, fecha-se a porta para a chamada terceira via em Goiás. Sobra pouca coisa fora do leque comandado por Íris e Marconi. Se der errado, as duas principais lideranças de Goiás podem ser empacotadas. As cartas estão na mesa.