Fora

Geddel tem que cair fora

Geddel é da velha política, no pior sentido da expressão. Representa a velhaquice, expressa nas…

Geddel é da velha política, no pior sentido da expressão. Representa a velhaquice, expressa nas raposas tomando conta de galinheiros. Acha ótima a hora e entrar e nunca sabe a de sair. Poder é tudo para essa gente. As velhas raposas não entenderam que o seu tempo já passou.

Com tanta tecnologia, não se faz nada escondido. O lobby feito por Geddel não é melhor ou pior do que rola diariamente em Brasília. O problema é que ele foi pego. E em cheio. O ministro da Cultura, Marcelo Calero falou com segurança que foi pressionado a afrouxar regras de preservação dos prédios históricos, para a construção de um prédio em Salvador. Ele não autorizou, resistiu e pegou o boné. De forma digna. Geddel ficou.

Ficou e vai continuar dando problema. Ele é um dos responsáveis pela articulação do governo Temer. Isso significa participar de nomeações e demissões também. Então, o homem que participa da nomeação, inclusive de Calero, pediu a um desses pobres mortais um “favor”.

Calero vai e fala que Temer o enquadrou. Isso, em português bem claro, foi um esporro presidencial. O último capítulo é que as conversas do ex-ministro da Cultura com Geddel e Temer estariam gravadas. Isso explica a sua segurança. Se vazar nas em alguma revista semanal não será surpresa.

Temer ficou nu. E mostra que a sua troca por Dilma não significou, definitivamente, nenhuma melhora. No máximo, mais do mesmo. Ou menos.

Geddel não respeitou nem a regra básica do jogo sujo de Brasília. Nela, vale tudo. Todos podem fazer de tudo. Até que sejam pegos. Aí, ele paga sozinho.