Política

Calero não é santo. Gedel é menos ainda

Nos mais de 13 anos que ficou na oposição, o PSDB foi pródigo em errar…

Nos mais de 13 anos que ficou na oposição, o PSDB foi pródigo em errar escolhas. A principal foi não partir para o impeachment de Lula, quando estourou o escândalo do mensalão. Lula se recuperou, foi reeleito e os tucanos tiveram que engolir Dilma e a pecha de que só queriam arruinar o Brasil. De volta à Esplanada dos Ministérios, os tucanos seguem a sina.

A da demissão do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero virou crise no quintal de Michel Temer. Pelo envolvimento de um outro ministro, da cota pessoal do presidente, e pela revelação do esporro presidencial levado por Calero. O estopim, que gerou a demissão de Geddel Vieira Lima, foi a revelação de que todas as conversas haviam sido gravadas pelo ex-ministro da Cultura.

É correto gravar clandestinamente qualquer conversa? Em princípio, não. Mas, com o avanço da tecnologia, é prática comum, principalmente como estratégia de defesa. Calero agiu assim. Do ponto de vista ético, continua sendo questionável.