Dúvidas?

A dúvida de Íris existe?

A cada eleição, o PMDB vive o seu drama, que, por sinal, é comum em…

A cada eleição, o PMDB vive o seu drama, que, por sinal, é comum em todo partido. Tudo fica parado até a decisão do seu líder maior. No caso de Goiânia, Íris Rezende é o nome natural. Como acontece desde sempre, Íris tem dito que não tem decisão tomada. E ele pode estar dizendo a verdade.

O que alimenta a dúvida é a postura de Íris Rezende, que definiu suas candidaturas sempre depois de uma pressão forte, mas consentida, do seu partido e dos seus aliados. Parte dessa pressão já foi demonstrada. E Íris não sinaliza publicamente. Porque existem pedras no caminho.

No âmbito familiar, há resistências. A família de Íris acompanhou de perto o sofrimento vivido após as três derrotas para Marconi Perillo ao Governo de Goiás. Às vésperas de completar 83 anos, Íris tem sido convidado por parte da família a curtir a vida.

No PMDB, Íris continua como líder maior. Mas não é mais aquela liderança inquestionável. Nas últimas duas décadas, o partido viveu uma verdadeira diáspora, perdendo nomes, que saíram criticando o líder. É verdade que o PMDB continua sendo o partido mais presente em todo o Estado de Goiás. Mas também é verdade que muita gente toca a vida política, de forma independente do grande líder.

O maior desafio de Íris, no momento, é ler e entender as pesquisas, para montar a sua estratégia. Ele se mantém na liderança, com a companhia ameaçadora do Delegado Waldir e a sombra de Vanderlan Cardoso. Mas  é o líder, também nas pesquisas.  Íris tem dois grandes problemas. O primeiro é que ele é, disparado, o mais conhecido dos candidatos, o que diminui a margem para seu crescimento. O segundo é que mais da metade desses eleitores declaram disposição em não votar no grande líder. Não são posições definitivas, mas é desafio grande para uma campanha de tiro curto.

Por essas razões, Íris Rezende pode estar em dúvida mesmo sobre a empreitada. Não é como os seus adversários dizem, que ele estaria fora. Mas também não é como seus aliados defendem, de que seria sim candidato, e vitorioso.

O tempo está cada vez mais curto para o anúncio. E o PMDB não tem nem tempo nem alternativa para construir uma outra candidatura.