Autoconhecimento

Saiba como desenvolver a inteligência emocional em tempos de crise

Não se fala em outro assunto a não ser a pandemia do Coronavírus. O resultado…

Não se fala em outro assunto a não ser a pandemia do Coronavírus. O resultado do compartilhamento desenfreado de informações são pessoas preocupadas, com crise de ansiedade e outras reações emocionais negativas. Por isso, chega a hora de tratar de um assunto tão importante nessa época de crise: a inteligência emocional.

O que é inteligência emocional

Inteligência Emocional significa, em síntese, a capacidade de administrar as próprias emoções, bem como de decifrar as emoções do outro por meio da empatia, compreendendo as razões pelas quais agem de determinada maneira.

Benefícios da inteligência emocional

As pessoas que têm habilidade de administrar as emoções são capazes de manter o autocontrole e de suportar o turbilhão emocional em momentos de crise, como a do Coronavírus.

Têm precaução e inteligência na condução da própria vida; têm equilíbrio e sabem controlar os excessos, desenvolvendo relacionamentos saudáveis e desfrutando de boa saúde psicológica.

Principais obstáculos para desenvolver a inteligência emocional

Pode parecer simples, mas não é. Desenvolver inteligência emocional significa também dominar uma série de outras competências, sendo que a primeira, e talvez a mais complexa de todas, é a autopercepção.

Para conhecer-se é preciso prestar atenção em si mesmo, observar-se, no entanto, somos cada vez mais estimulados a olhar para fora.

Na sociedade moderna, além das já conhecidas demandas externas, temos ainda que dar atenção para o celular, verificar o e-mail, a postagem do Instagram, do Facebook, do LinkedIn, as mensagens do WhatsApp e tantos outros estímulos!

Tudo isso nos leva para fora de nós. Consequência disso é que cada vez mais estamos menos conectados com o nosso mundo interior. E quanto mais conectados fora, menos conectados dentro.

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Consequências da falta de inteligência emocional

A pouca consciência de si gera inabilidade no gerenciamento das emoções. É quase impossível administrar o que não conhecemos. Como consequência, somos constantemente “sequestrados” pelas nossas emoções, com pouco ou nenhum domínio sobre elas.

Em momentos de crise e incertezas como esse que estamos vivenciando, essa incapacidade de administrar as emoções, que vem de forma intensa, pode minar a nossa estabilidade, gerando drásticas consequências como ansiedade, medo, pânico, tristeza profunda e até mesmo doenças psicossomáticas.

Como controlar as emoções

Controlar não significa sufocar as emoções, o objetivo é o equilíbrio, a emoção na dose certa. Cada emoção tem a sua função e o seu valor.

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Dicas para desenvolver inteligência emocional

  1. Autoconsciência:

 Preste atenção em si mesmo, analise o seu próprio comportamento e desenvolva a autoconsciência.

Autoconhecimento é o ponto de partida para o controle emocional. Observe quais ações você pratica motivado pelas emoções. Identifique quais são as suas forças e quais são seus pontos frágeis.

  1. Autodomínio:

Domine as suas emoções. Esteja no controle dos seus sentimentos. Antes de tomar uma decisão, avalie racionalmente, pondere, preserve a calma e o equilíbrio. Não é possível prever quais emoções vamos sentir, mas podemos decidir como reagir a elas.

  1. Desenvolva a empatia:

 Leve em consideração os sentimentos do outro. Ouça, observe e identifique as pistas não verbais. Coloque-se no lugar dele e desenvolva a compaixão;

  1. Aprenda a lidar com o estresse:

 Temos dias bons e dias ruins, faz parte da vida.  Faça uso de suas principais habilidades e aprenda a tirar proveito de cada um desses momentos sem perder o equilíbrio.

  1. Tenha fé:

Em você mesmo, na vida. Aceite que existe uma grande parcela da realidade que não controlamos. Faça a sua parte, mas não sofra por aquilo que não pode controlar. Acredite, tudo vai dar certo.

Jane Rocha é especialista em Desenvolvimento Humano e Psicologia Positiva. Ministra treinamentos na área desde 2011: Eneagrama, Inteligência Emocional, Liderança e Gestão de Conflitos. Possui 8 formações em Eneagrama. É terapeuta Reichiana, com formação em Terapia Energética Corporal. Fundadora do Instituto Jane Rocha. Diretora da Associação Internacional de Eneagrama no Estado de Goias – IEA Brasil, no período de 2015 a 2019.