Política

Gestão privada não é panaceia para serviços prestados à sociedade

Autocrítica. Existe um fascínio de parte considerável da crônica política por esse termo. Ação tão…

Praça de pedágio gerida pela Triunfo Concebra
Praça de pedágio gerida pela Triunfo Concebra (Foto: Divulgação)

Autocrítica. Existe um fascínio de parte considerável da crônica política por esse termo. Ação tão cobrada para que o PT a faça, mas muito pouco instigada para outros segmentos que apresentam falhas curriculares tão grotescas quanto às do partido da estrelinha vermelha. Por exemplo: cadê a autocrítica dos liberais brasileiros em relação às privatizações?

O último caso de fiasco de gestão privada de um bem público é o da BR-153. A Triunfo Concebra entregou os pontos e não vai mais ficar à frente da rodovia. Não conseguiu executar aquilo que se comprometia em contrato. Vai pegar seu banquinho e sair de fininho. Ô, liberal brasileiro da gravatinha engraçada, e o mea culpa?

Já temos no Brasil background suficiente para uma análise sem paixões de gestão privada da coisa pública. Tem coisa que deu certo e tem muita coisa que foi um fiasco. Tem que ser visto caso a caso. Privatização não é panaceia.

Já consigo ver o liberal chorando no colo da mamãe. As aulas do Insituto Mises não falavam de fracasso. O projeto não dá conta das necessidades do Brasil.

Alguns casos para exemplificar.

As redes de distribuição e geração de energia no Brasil foram em grande parte privatizadas. Melhorou o serviço aí na sua casa? A conta de luz está mais barata? Pois é.

Também tem as parcerias público-privadas, as populares PPPs. Na prática, funciona mais ou menos como a gestão do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. Pergunte a qualquer um que pegue ônibus diariamente e veja se ele aprova o serviço que recebe.

Existem situações em que o serviço executado pelo Estado tem mais eficiência do que a iniciativa privada. E vice-versa. Ideologizar essa análise é insistir nos erros que já cometemos. E a gente sabe que repetir erros é a maior prova de burrice que alguém pode entregar.

Entendeu aí, Paulo Guedes? Entendeu aí, faria loser? Entendeu aí, gravatinha engraçada?

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Divulgação