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Dirigir na BR-153 no norte de Goiás é um terror

Tenho parentes que moram no norte de Goiás. Então, por motivos familiares, trafego com alguma…

Uma criança de aproximadamente 1 ano ficou gravemente ferida após um caminhão tombar na BR-153, próximo ao trevo de Pontalina. (Foto: divulgação)

Tenho parentes que moram no norte de Goiás. Então, por motivos familiares, trafego com alguma frequência pela BR-153 depois de Jaraguá.

Ou melhor, circulava. Quando ainda não existia pandemia para nos trancafiar em casa, eu rodava por ali com periodicidade. Que a vacina venha logo para nos permitir viajar com tranquilidade novamente.

Impossível não concordar com a terrível alcunha do trecho: rodovia da morte. É muito frequente atrasarmos a viagem por conta de acidentes trágicos que interrompem o fluxo da pista. Pensando com calma, é quase certo que teremos que parar por longos minutos até que o fluxo se reestabeleça devido acidentes, algumas vezes, fatais.

Sim, o acostamento é ridículo de pequeno. Sim, o asfalto deixa muito a desejar. Mas tudo isso seria fácil de contornar se os motoristas não fossem tão imprudentes.

Correm muito além da velocidade permitida na via, ultrapassam onde a faixa contínua pintada no asfalto proíbe, conversam no celular ao volante como se estivessem deitados numa rede na varanda de suas casas. Tudo errado.

E uma percepção empírica de minha parte: quanto maior e mais potente o carro, mais tresloucado é o comportamento do motorista. Não generalizando, mas a maioria de quem se arrisca e coloca os outros em perigo trafega em carrões potentes.

Caminhonetes e SUVs, meu Deus, por que em sua maioria acham que podem andar na velocidade que bem entenderem?

Se o infeliz ainda morresse sozinho, vá lá, considero o direito ao suicídio sagrado. Mas não é assim que funciona.

Você está seguindo a regra, com sua família, e um imbecil apressadinho quer ceifar não só a vida dele, mas também as dos que ocupam um carro trafegando em sentido oposto. Aí é demais.

É claro que devemos cobrar do Governo Federal a urgente manutenção da pista. Acostamento satisfatório, asfalto decente.

Mas o trecho norte da BR-153 só deixará de ser a rodovia da morte quando tivermos controle de velocidade rígido e multas fartas para quem descumpre as regras. Sem isso, infelizmente continuaremos a enterrar pessoas que perderam suas vidas naquele nefasto trajeto.