Bastidores do Poder

Decisão de Iris de ser candidato ao Senado encaminharia MDB para aliança com Caiado

As costuras políticas envolvendo a chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM) para tentar a reeleição…

Iris Rezende e Daniel Vilela (Foto: redes sociais)
Iris Rezende e Daniel Vilela (Foto: redes sociais)

As costuras políticas envolvendo a chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM) para tentar a reeleição nas eleições de 2022 devem passar, nos próximos meses, pela decisão do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (MDB) em aceitar ser o candidato ao Senado ao lado do democrata. A coluna apurou que se Iris quiser se candidatar novamente e voltar à vida pública, será um componente importante para que o MDB, comandado por Daniel Vilela em Goiás, se alie ao governador. A conversa nos bastidores e de aliados próximos a Daniel é que, em respeito à trajetória política de Iris e por ser o maior líder do partido no Estado, Daniel não se oporia à aliança com Caiado. Mas a união pode ter um preço mais alto do que apenas a vaga para o Senado Federal. Daniel, que não quer se arriscar a passar mais quatro anos sem mandato, pode pleitear a vaga de vice, ou cobrar direcionamento de bases para uma eleição tranquila para a Câmara dos Deputados.

Bem amarrado
Daniel Vilela deve permanecer no comando do MDB em Goiás até 2023. Muito ligado ao presidente nacional do partido, Baleia Rossi, o filho de Maguito tem a anuência para continuar no comando do diretório estadual até depois das eleições do ano que vem.

Negociação
Com a eventual decisão do MDB de caminhar ao lado de Caiado, o partido deverá ter o poder de escolher mais vagas na chapa do governador.

Caminho
Se Iris decidir pela aposentadoria de vez, como anunciou no ano passado, Daniel e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, vão decidir por candidatura própria do partido. O candidato dependerá de qual dos dois estiver melhor nas pesquisas na hora da decisão.

Nilo, o breve
Após apenas oito anos como conselheiro do TCM (cinco deles brigando na Justiça para permanecer no cargo), Nilo Resende assina hoje sua aposentadoria. A medida é para frear o processo de extinção do órgão, que corre na Assembleia Legislativa. Nilo pendura as chuteiras aos 62 anos, com um salário vitalício em torno de R$ 40 mil por mês.

Substituto
Com a saída de Nilo do órgão, o processo de extinção do TCM deve ser deliberadamente esquecido pelos deputados na Assembleia. O principal candidato à vaga de conselheiro deixada por Resende é o deputado estadual Humberto Aidar.

Aposta
Com a vacinação em ritmo lento em todo País e a perspectiva de novas mutações do vírus, o Prefeito Rogério Cruz fez uma aposta política arriscada ao liberar o funcionamento do comércio e anunciar que Goiânia agora vive “o novo normal”. Se os números piorarem nos próximos meses, como preveem algumas autoridades de saúde, sua reputação tende a ir junto. Se não tivermos um novo pico, sai fortalecido e nas graças dos comerciantes.