Medidas protetivas

Precisamos falar sobre relacionamentos abusivos

Nas últimas semanas, lemos notícias sobre várias mulheres mortas por seus parceiros em Goiânia. E…

Nas últimas semanas, lemos notícias sobre várias mulheres mortas por seus parceiros em Goiânia. E sempre que isso acontece, há uma comoção geral da sociedade e a sensação que tenho ao ler os comentários é que a maioria das pessoas vêem esse tipo de situação como algo que poderia acontecer com qualquer pessoa, menos com ela. Tanto sendo vítima quanto algoz.

Bem, é nesse momento que te convido a refletir sobre relacionamentos abusivos.

Quando criança, aprendemos o amor da maneira que recebemos. Se crescemos em uma família onde as brigas são constantes, nosso inconsciente nos fará crescer acreditando que é normal discordância em relacionamentos, o que realmente é verdade. Porém, alguns comportamentos abusivos que presenciamos na infância e outros tanto que adotamos em reação por sobrevivência, podem vir a nos sabotar e nos colocar sem que percebamos, em relações nocivas, de posse e abuso..

Dificilmente um abusador em potencial chegará bater em sua namorada na primeira discussão. O comportamento começa pequeno e segue a linha crescente. Geralmente tudo começa com um desrespeito aqui, um xingamento acolá, d-erres intermináveis, melhorias, uma pequena agressão e daí em diante, é ladeira abaixo.

É importante reconhecermos a lei do apego que nos rege. Reconhecer como funcionamos e quais crenças temos sobre nós mesmas. Geralmente uma mulher que está vivendo um relacionamento abusivo, tem muito medo do término e se vê dependente emocionalmente do seu parceiro, e em vários casos, financeiramente também. E por esse motivo, acredita mesmo sem muitas vezes admitir, que é incapaz de por fim no relacionamento que tem lhe feito tanto mal. Inventa desculpas pra si, para os amigos, se apega a ideia de que é apenas uma fase e vai se enredando cada vez mais na teia da infelicidade.

Claro, nem todos os relacionamentos abusivos terminam em agressão física ou morte, mas nem só tapa é violência.

Esse texto é pra falar com você, mulher: Você pode ser feliz! Se você chora mais do que sorri, não é amor, é dependência.

Se você tem crises de ciúme a cada vez que ele olha para o lado, não é amor, é falta de confiança. Você não precisa de alguém que lhe faz se sentir tão insegura.

Se ele te humilha, te xinga, te diminui, não é amor, é abuso.

Só existe um caminho para evitar ser a próxima vítima talvez de um feminicídio: terminando seu relacionamento abusivo.

É tempo de quebrar as algemas mentais que lhe distorceram a visão de amor e lhe convenceu internamente a aceitar tão pouco.

Procure ajuda, inclusive profissional.

O universo te espera para lhe relembrar o que é ser feliz.