Educação

Como uma foto mudou a vida do menino filipino que estudava na rua

// Daniel Cabrera, de 9 anos, chega em casa e, com orgulho, conta que acabou…


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Daniel Cabrera, de 9 anos, chega em casa e, com orgulho, conta que acabou de fazer uma prova na escola. “Tirei nota máxima”, diz ele.

O resultado é fruto de muito esforço: há três meses, ele foi fotografado fazendo seu dever de casa na calçada de um estacionamento, aproveitando a luz de uma lanchonete da rede McDonald’s. A imagem viralizou no Facebook e foi vista por milhões de pessoas. Mas como está o menino atualmente?

Logo após a foto ficar famosa, Daniel começou a receber diversas doações: ganhou mesa, uniforme e sapatos para ir à escola.

Não só a vida dele, mas a de toda a família mudou. Hoje, eles moram em uma casa alugada e a mãe dele, Maria Christina Espinosa, recebeu ajuda para montar uma barraca de comida.

Daniel também não precisa mais estudar na rua. A família consegue bancar até uma lan house quando ele precisa fazer pesquisas para a escola.

QUER SER POLICIAL

A situação da família piorou quando o pai de Daniel morreu. “Eu disse que ele poderia estudar até a 6ª série se eu tivesse dinheiro e ele perguntou por que tinha que parar de ir à escola tão cedo”, contou a mãe à BBC.

“Às vezes, eu falava para ele ficar em casa porque não tinha dinheiro para o almoço na escola, mas ele falava que não queria, que a professora havia dito para ele ir”, diz. E por que era tão importante ir à escola? “Quero ser policial”, diz ele.

Segundo sua mãe, o sonho veio do pai, que dizia para Daniel ser um bom menino e se tornar policial.

REPERCUSSÃO

A história de Daniel começou a mudar no final de junho, quando foi fotografado pela estudante Joyce Torrefranca, de 20 anos, fazendo seu dever de casa. Ela afirmou ter sido “inspirada” pela criança.

O post original foi compartilhado por mais de sete mil perfis do Facebook, que exaltavam, em diversas línguas, a importância dos esforços do garoto.

Para a mãe do menino, as primeira doações foram uma surpresa. “Fiquei nervosa, pensei ‘isso é real?’. Mas estou feliz, agradecida a Deus, porque antes os vizinhos diziam que Daniel nunca ia terminar a escola, porque eu não tinha emprego fixo e o pai dele morreu”, conta ela. (Da BBC)