Operação Malavita

Operação da Polícia Civil prende policiais civis e militares em Goiás

// Uma operação desencadeada pela Polícia Civil de Goiás, na madrugada desta quarta-feira, dia 29,…


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Uma operação desencadeada pela Polícia Civil de Goiás, na madrugada desta quarta-feira, dia 29, resultou na prisão de policiais civis e militares que estariam envolvidos com o tráfico de drogas e homicídios em Anápolis.

A chamada “Operação Malavita” é resultado de investigações da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e da Polícia Militar.

A Justiça expediu 39 mandados de busca e apreensão e mais 23 de prisão  temporária em Anápolis, Alvorada do Norte e Luziânia.  Ao todo, 250 policiais civis e militares participaram da operação.

Até o final desta manhã, já haviam sido cumpridos 13 dos 14 mandatos de prisão contra militares; quatro dos cinco mandatos contra policiais civis; e três dos quatro mandatos contra outros suspeitos.

 
Até agora foram realizadas 18 prisões, sendo dois policiais civis, 13 militares e três civis. Vários malotes de documentos foram apreendidos em um imobiliária de Anápolis e na residência de um oficial da PM.

Durante entrevista coletiva, o comandante da Polícia Militar de Goiás, coronel Sílvio Benedito Alves, informou que os militares investigados são dois capitães e 12 praças. A identidade deles não foi confirmada, mas, segundo o comandante, alguns deles já eram suspeitos de outros crimes anteriores.

O secretário de Segurança Pública do Estado (SSP-GO), Joaquim Mesquita, disse durante a coletiva que a operação ocorreu em conjunto com a Polícia Civil, Militar e a Força Nacional de Segurança (FNS).

Segundo as provas, consideradas “muito fortes” pelo secretário, os agentes públicos estariam sendo cooptados a trabalhar para traficantes da cidade. O secretário reforçou que a situação “não se enquadra” a existência de um grupo de extermínio.

De acordo com o secretário, os envolvidos serão devidamente punidos. “Eles serão processados penalmente e disciplinarmente. Isso não representa a instituição, representa uma margem muito pequena dos agentes, vamos cortar na própria carne, não aceitamos desvio de conduta”, afirmou Mesquita.